Hare Krishna na revista NEWSWEEK
NEWSWEEK 24 de Julho de2006
Se você acha que os Hare Krishnas sumiram no final da Era de Aquário, dê uma olhada no cubículo ao seu lado - um deles pode estar trabalhando em seu escritório, vestindo um terno, e com bastante cabelo na cabeça. Esta semana os Hare Krishnas celebram seu quadragésimo aniversário, e eles já se infiltraram no mercado norte-americano. “Um Hare Krishna pode estar morando do seu lado e você nem mesmo sabe disso”, diz Burke Rochford, professor da Middlebury College e autor do livro “Hare Krishna Transformed”. “Agora eles são parte de nossa cultura, de uma forma que ninguém jamais imaginaria a 20 ou 25 anos atrás.”
Fundada em 1966 por A . C . Bhaktivedanta Swami Prabhupada, o movimento originalmente conhecido como Sociedade Para A Consciencia de Krishna (ISKCON), se tornou famoso por seu proselitismo em aeroportos e por sua influência no ex-Beatle George Harrison.
Utilizando os ensinamentos do filósofo do século 15 Caitanya Mahaprabhu, os Hare Krishnas adoram o nome de Deus repetindo-o várias vezes seguidas. Eles acreditam na vida simples e são proibidos de comer carne, praticar jogos de azar, intoxicação e sexo fora do casamento. Muitos membros antigos estão hoje vivendo o que eles chamam de um estilo de vida em “Consciência de Krishna”, apenas se afiliando superficialmente com a organização.
Enquanto isso, nos templos de hoje em dia, jovens usando jeans e camisetas fazem a adoração juntamente com homens de meia idade em roupas de cor açafrão e imigrantes Hindus vestidas com saris esvoaçantes. As comunidades da ISKCON oferecem aconselhamento matrimonial, atividades inter-religiosas, programas sociais e baby-sitting – exatamente o tipo de estrutura institucional que muitos devotos antigos estavam evitando.
Tome por exemplo Paul Swinford. Ele recebeu o nome Premananda Dasa e passou uma década vivendo no templo Hare Krishna de Boston. Dois anos atrás, aos 40 anos de idade, ele se casou se mudou para New Hampshire – onde sua esposa trabalha para uma empresa financeira – e recentemente arranjou um emprego, o primeiro contracheque que recebe em anos. E assim como os Hare Krishnas estão mudando, também está a sociedade americana.
O mainstream espiritual abraça a yoga, o vegetarianismo, e conceitos como karma e reencarnação. “Muitas pessoas na rua agora acreditam em tais conceitos”, diz Anuttama Dasa, porta-voz da ISKCON. “Muitas coisas que eram consideradas desaprováveis ou ameaçadoras agora estão tendo lugar nos fundamentos das igrejas Cristãs”.
-Michael Kress © 2006 Newsweek, Inc.
Se você acha que os Hare Krishnas sumiram no final da Era de Aquário, dê uma olhada no cubículo ao seu lado - um deles pode estar trabalhando em seu escritório, vestindo um terno, e com bastante cabelo na cabeça. Esta semana os Hare Krishnas celebram seu quadragésimo aniversário, e eles já se infiltraram no mercado norte-americano. “Um Hare Krishna pode estar morando do seu lado e você nem mesmo sabe disso”, diz Burke Rochford, professor da Middlebury College e autor do livro “Hare Krishna Transformed”. “Agora eles são parte de nossa cultura, de uma forma que ninguém jamais imaginaria a 20 ou 25 anos atrás.”
Fundada em 1966 por A . C . Bhaktivedanta Swami Prabhupada, o movimento originalmente conhecido como Sociedade Para A Consciencia de Krishna (ISKCON), se tornou famoso por seu proselitismo em aeroportos e por sua influência no ex-Beatle George Harrison.
Utilizando os ensinamentos do filósofo do século 15 Caitanya Mahaprabhu, os Hare Krishnas adoram o nome de Deus repetindo-o várias vezes seguidas. Eles acreditam na vida simples e são proibidos de comer carne, praticar jogos de azar, intoxicação e sexo fora do casamento. Muitos membros antigos estão hoje vivendo o que eles chamam de um estilo de vida em “Consciência de Krishna”, apenas se afiliando superficialmente com a organização.
Enquanto isso, nos templos de hoje em dia, jovens usando jeans e camisetas fazem a adoração juntamente com homens de meia idade em roupas de cor açafrão e imigrantes Hindus vestidas com saris esvoaçantes. As comunidades da ISKCON oferecem aconselhamento matrimonial, atividades inter-religiosas, programas sociais e baby-sitting – exatamente o tipo de estrutura institucional que muitos devotos antigos estavam evitando.
Tome por exemplo Paul Swinford. Ele recebeu o nome Premananda Dasa e passou uma década vivendo no templo Hare Krishna de Boston. Dois anos atrás, aos 40 anos de idade, ele se casou se mudou para New Hampshire – onde sua esposa trabalha para uma empresa financeira – e recentemente arranjou um emprego, o primeiro contracheque que recebe em anos. E assim como os Hare Krishnas estão mudando, também está a sociedade americana.
O mainstream espiritual abraça a yoga, o vegetarianismo, e conceitos como karma e reencarnação. “Muitas pessoas na rua agora acreditam em tais conceitos”, diz Anuttama Dasa, porta-voz da ISKCON. “Muitas coisas que eram consideradas desaprováveis ou ameaçadoras agora estão tendo lugar nos fundamentos das igrejas Cristãs”.
-Michael Kress © 2006 Newsweek, Inc.
Traduzido por Bhakta Alisson
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