Devotos realizam o 1º Bhagavat-Saptaha Yajña em Vrajabhumi
ASSIM DÁ GOSTO FAZER SACRIFÍCIO
Uma linda lua cheia iluminou, e a chuva, que caiu somente no último dia, confirmou com um arco-íris o sucesso do primeiro Bhagavat-saptaha Yajña do Ocidente, realizado entre 9 e 15 de janeiro, no Ashram Vrajabhumi, em Teresópolis (RJ), reunindo quarenta participantes, sob a coordenação de Chandramukha Swami, com a presença especial de Purushatraya Swami. Na sala do templo, as deidades de Sri Sri Krishna Balarama testemunharam oitenta horas de recitação do Srimad Bhagavatam, o mais belo de todos os puranas védicos, porque tem como finalidade apresentar as atividades na Terra da Suprema Personalidade de Deus, Sri Krishna, e Seus devotos.
E para que tudo saísse perfeito, como saiu, esteve impecável a equipe de apoio logístico do Ashram Vrajabhumi, formada por oito devotos residentes na comunidade, sob o comando de Lila Raja Prabhu. Foram eles os responsáveis pela hospitalidade que fez do sacrifício um prazeroso encontro realizado em clima de muita bondade.
Os participantes terminaram de chegar em Vrajabhumi na noite do domingo, dia 8 de janeiro, provenientes de diversos lugares, como Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Curitiba, Nova Gokula e outros. Nessa mesma noite, iniciou-se o sacrifício com uma cerimônia de Agni Hotra, celebrada por Paravyoma Prabhu, discípulo de Srila Prabhupada e um dos primeiros devotos a propagar o conhecimento do Srimad Bhagavatam no Brasil.
A recitação dos dezoito mil versos do purana começou então no dia seguinte, logo depois da cerimônia do Mangal Arati, a partir das 6 horas, e prosseguiu até as 19 horas, com intervalos para a prasada, das 9h30 às 10h30 e das 14 horas às 16 horas. Entretanto, na quarta-feira, o horário de recitação foi alterado, para evitar qualquer atraso que pudesse atrapalhar a conclusão do yajña em sete dias. Assim, a recitação passou a começar diariamente às 5h30, parando às 22 horas, com intervalos das 9h30 às 10h30, das 14 horas às 15h30 e das 19 às 20 horas.
Nas cadeiras dos recitadores, postadas na frente do altar, devotos e devotas revezaram-se ao longo da semana, dando dinamicidade à leitura dos mantras. Porém merece menção especial a incansável presença de Purushatraya Swami, que permaneceu constante na posição de recitador, desde a sua chegada na terça-feira, até a manhã do último dia, quando encerrou-se a leitura do décimo primeiro canto. Segundo Maharaja Chandramukha, ele não suportou a partida de Krishna da Terra e não quis mais ler as profecias do décimo segundo canto do Srimad Bhagavatam para Kali Yuga.
Mas o reforço chegou com mais um discípulo de Srila Prabhupada. Krishna Kishora Prabhu sentou-se entre os recitadores no domingo pela manhã e se levantou às 14 horas, quando se encerrou a leitura dos mantras. O sacrifício se concluiu, depois da entrega dos certificados e agradecimentos dos recitadores e de alguns participantes, com um puja a Srila Prabhupada e ao Srimad Bhagavatam, seguido de um fantástico kirtana, que, é claro, não poderia faltar.
E, para variar, a festa terminou em pizza. A receita era de mãe Govinda, mas quem arregaçou as mangas da kurta na cozinha foi seu consorte Rama Dhanuh Prabhu. O casal mostrou em Vrajabhumi porque seu restaurante e pizzaria em Nova Gokula já se tornou referência nacional. Talvez tenha sido por isso que Maharaja Chandramukha garantiu a presença dos dois no yajña do Chaitanya Caritamrta, que anunciou para o próximo mês de maio. Assim, dá até gosto fazer sacrifício!
E, por falar em festa e em Maharaja Chandramukha, que já são quase sinônimos, na penúltima noite do Bhagavat-saptaha, ele foi o show. Para o deleite dos participantes e da galera que chegou no fim de semana para o encerramento do sacrifício, o swami deu uma canja e fez uma prévia do seu próximo CD que vem por aí. E não deu outra, todo mundo dançou. Melhor dizendo, dançou quem foi dormir cedo.
Mas este humor de Chandramukha Swami esteve presente em todos os dias da recitação do Srimad Bhagavatham. Ele espalhou entusiasmo, ao liderar kirtanas, dentro e fora do Templo, para estimular a todos até o final do sacrifício.
Também merece destaque a presença de muitos participantes como a devota Rama Shakti, que se fez acompanhar de toda a família, pai, mãe, filha e marido – Sandheep Patel, um indiano que, sem falar Português, durante todos os dias ouviu a recitação do Srimad Bhagavatam, desfrutando dos benefícios do sacrifício. Destaque ainda para o mascote Syama Rupa, de treze anos, que, acompanhando a mãe, Lalita Gopi e a irmã, não perdeu um dia de sacrifício e ainda teve tempo para fazer serviços devocionais; para Patrícia e Alicia, que, a passeio em Vrajabhumi, participaram pela primeira vez de um programa da ISKCON; e para a devota Nityananda, também acompanhada de toda a família, marido, filho, madrinha e de "Krishna-Krpa", a gata de estimação.
Muitos outros Bhagavat-spatah Yajña virão com certeza, mas o primeiro sempre será lembrado por todos os que mereceram ser os primeiros do Ocidente a participar desse sacrifício, pela misericórdia de Srila Prabhupada, e compartilhar seus benefícios com todo o mundo. Como afirma o próprio Chandramukha Swami, foi realmente uma loucura, proposta por um louco e aderida por outros quarenta loucos. Loucos de amor por Sri Krishna, a Suprema Personalidade de Deus! Todas as glórias sejam para os devotos reunidos!
1 Comments:
Valew Yamuna, ficou mais atraente ler o artigo em seu blog.
Ele já está nos meus favoritos.
Acho que ele pode se tornar fonte de informações e referências para os devotos. Bacana.
té+
Postar um comentário
<< Home